Para quem gosta de encontrar sonoridades diferentes e descomplexadas, os MADAME GODARD poderão ser a (re)descoberta acertada.
Inicialmente composto por seis elementos, o grupo revelou desde a sua formação um grande eclectismo, assumindo um vasto e variado leque de influências musicais.
As tonalidades sonoras da banda pintadas por trompetes, violinos e teclados vintage dificilmente passam despercebidas, transportando quem os ouve para cenários verdadeiramente singulares.
Provenientes de Viana do Castelo, os Madame Godard anseiam por chamar a atenção de uma audiência mais vasta. Participar no Termómetro Unplugged, o mais influente e reconhecido concurso de música moderna portuguesa, foi apenas o primeiro passo. Com a experimentação e a liberdade criativa como denominadores comuns do seu trabalho, os Madame Godard depressa conquistaram o júri e o público, alcançando um respeitável segundo lugar. O concerto do grupo foi o mais aplaudido da noite, e a sua actuação acabou por ser distinguida com o Prémio Rádio Comercial.
Os Madame Godard começavam então a saborear os primeiros frutos do seu trabalho e, em menos de um ano, actuavam já no palco principal do Festival de Paredes de Coura. Acompanhados por uma orquestra de quinze elementos, entusiasmaram público e crítica, e a sua actuação foi considerada uma das melhores de todo o festival. Iniciava-se uma longa digressão que os levou a actuar dentro e fora do país, partilhando palcos com vários ícones do rock, tais como Iggy Pop e Sonic Youth e tantas outras bandas de renome como dEUS, Lamb, Gomez e Suede.
Apostando na diferença como base da sua obra e sem nunca ter tido pressa de agradar tendencialmente, o grupo procurou consolidar ideias, em busca de uma constante superação. Por vezes torna-se necessário inverter ritmos e subverter processos para avançar depois com renovada inspiração.
Os seus temas cruzam a chanson française com ritmos sul-americanos, a pop e o rock de sessenta com o funk de setenta, a confusão concertada da música de leste com a lógica desconcertada das bandas sonoras de Tarantino.
Com menos um elemento na sua formação, a maturidade sonora surge agora, fruto de uma musicalidade contemplativa, para dar lugar a um trabalho ao mesmo tempo delicado e colorido, despojado e complexo.
Actualmente a gravar o seu primeiro disco com Paulo Miranda, que já trabalhou com vários projectos de referência, tais como Old Jerusalem, The Unplayable Sofa Guitar e The Legendary Tiger Man, os Madame Godard regressam agora aos palcos depois de um inesperado e prolongado silêncio. Concerto inserido no 1º Festival Sky Fest (7 a 13 Abril no Casino Lisboa).
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