O seu nascimento polémico marcou o seu destino, tornando-o um sobrevivente. Filho de nobres africanos foi rejeitado pelo pai por ser albino e pelos seus pares por querer ser músico. Na década de 60, integrou duas das mais emblemáticas orquestras do Mali (seu país de origem), a Rail Band e a The Ambassadeurs, tornando-se parte da transformação que, atraída pelas novidades oriundas da Europa e América, a música africana vivia.
Dono de uma voz potente e sedento por novos horizontes, mudou-se para Washington onde, em 1987, editou o álbum Soro, o primeiro registo de música pop africana. Aclamado por todos, faz parcerias com outras estrelas como Joe Zawinul, Wayne Shorter e Carlos Santana.
Nas suas palavras assume que a aproximação ao rock, ao jazz e ao soul foi uma necessidade. Sendo um autodidacta, tocar com Carlos Santana significou progresso, permitindo-lhe a confiança para continuar a tocar a música do seu país com maior segurança, profundidade e intensidade.
M’Bemba é o culminar de toda essa experiência. É o regresso às raízes, às tradições. É o trabalho de um artista mal-querido pela sua comunidade que insiste em a venerar e homenagear, provando estar cada vez mais presente. Em M’Bemba, Salif Keita revisita os sons da sua infância, adicionando-lhes tudo o que o rock, o soul e o funk têm de melhor.
Um espectáculo integrado nos Concertos Inaugurais do Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa.
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