Rui Veloso é a figura de cartaz no Salão Preto e Prata, enquanto os Amor Electro são a grande atracção no Lounge D.
Rui Veloso
Compositor e intérprete de excepção, o artista portuense é considerado o pai do rock nacional. Com um percurso ímpar, Rui Veloso somou numerosos êxitos discográficos, conquistando diferentes gerações. Álbuns como “Ar de Rock”, “Lado Lunar”, “O Concerto Acústico” ou “A Espuma das Canções” marcaram diferentes épocas da música portuguesa.
Entre os temas preferidos do público figuram clássicos como “Chico Fininho”, “Bairro do Oriente”, “Porto Covo”, “Porto Sentido”, “Três Minutos de Atenção”, “Paixão”, “O Prometido é Devido”, “Não Há Estrelas no Céu”, “Lado Lunar”, “Todo o Tempo do Mundo” ou “Nunca Me Esqueci de Ti”.
No Salão Preto e Prata, a partir das 22 horas, sobem ao palco os Cais Sodré Funk Connection, os Space Cake e os Boogie Nights.
Cais Sodré Funk Connection
Os Cais Sodré Funk Connection são uma das mais recentes revelações da noite lisboeta. Inspirados no funk e a soul, a banda recria o som e o ambiente dos clássicos da Motown, Stax, Chess Records e outras editoras míticas das décadas de 60 e 70, com a dedicação e energia de uma verdadeira celebração. A experiência deste grupo de veteranos da música portuguesa garante a qualidade necessária à produção do mais contagiante groove. Recorde-se que este conjunto reúne elementos dos Cool Hipnoise, Orelha Negra, Mr. Lizard, Afonsinhos do Condado, Sam the Kid, Spaceboys, Cacique 97, Sitiados, entre outros. As suas actuações promovem viagem pela história da música negra segundo os ensinamentos do “godfather” James Brown. Como numa selecção cuidada de um Dj, dedicam-se a recriar ao vivo, através de uma banda de nove elementos, alguns dos mais soulful e enérgicos momentos gravados em vinil. James Brown, Otis Redding, Etta James, King Curtis ou Ray Charles, soam, em palco, tão poderosos como os originais.
Space Cake
Num enquadramento revivalista, os Space Cake propõem uma viagem pelo universo do pop e do rock. A banda interpreta um elenco de composições que marcaram, desde a década de oitenta, o panorama da música internacional. Com um repertório criteriosamente selecionado, os Space Cake prestam homenagem a várias estrelas como, por exemplo, os Queen, The Police, Fairground Attraction ou James Brown. A vocalista Ana Paula é secundada por João Loureiro, na guitarra, Miguel Gomes, no baixo, e Rui Coelho, na bateria.
Boogie Nights
Por sua vez, os Boogie Nights recuperam os inconfundíveis anos 70, recriando alguns dos mais famosos hits de reconhecidos grupos, como os Bee Gees, Kool and the Gang, Village People, Boney M e Jackson 5. Num registo muito dinâmico, os Boogie Nights propõem um tributo à época do Disco, onde até a indumentária e caracterização da banda são exuberantes ao estilo da época de “fever”.
Réveillon no Lounge D
A noite começa às 21 horas, com uma diversificada animação musical que precede a actuação da banda revelação Amor Electro. Inspirados num conceito original, os Amor Electro demonstram, desde 2011, que a música Pop pode ser portuguesa. Com um versátil repertório, a banda apresenta temas originais seus e, também, de diversos compositores convidados. Os Amor Electro escolheram, apenas, uma série de canções que fazem parte do panorama musical português. Fizeram temas originais, onde se reflectem as suas influências e partiram para uma identidade própria que tem como base a “Música Pop”, mas neste caso podemos afirmar sem contradições… Portuguesa! Num registo próprio, Marisa Liz empresta a voz a este inovador projecto musical que assume a influência de bandas internacionais como, por exemplo, os Massive Attack, os Muse ou os Air. Os Amor Electro tornaram-se uma das referências do “Top Nacional”, desde o lançamento do seu álbum de estreia “Cai o Carmo e a Trindade”. Distinguido como disco de Platina, o primeiro trabalho discográfico da banda engloba êxitos como “A Máquina”, “Onde Tu Me Quiseres” ou “Amanhecer”. A guitarra portuguesa, o acordeão e as percussões tradicionais fazem renascer, ainda, parte da história da pop e do rock português, de bandas como os Sétima Legião, GNR, Ornatos Violeta e mesmo do fado, como acontece em “Estrela da Tarde”, de José Carlos Ary dos Santos e Fernando Tordo.
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