Arena Live | Mafalda Veiga

21 Novembro 2016 M18

Mafalda Veiga é escritora de canções, das que se transformam nas próprias histórias de quem as ouve, e é essa capacidade de as contar que a liga de uma forma única ao público.

Nos últimos 20 anos tem esgotado sempre as salas onde se apresenta ao vivo (incluindo as mais prestigiadas de Lisboa e Porto), com a particularidade de o público se deslocar para a ver e ouvir, percorrendo às vezes mais de metade do país, tanto em salas de espectáculo como ao ar livre.

Tem um notável clube de fãs organizado, que se estende além fronteiras, com especial destaque para o Brasil, onde estão incluídas 3 canções de sua autoria nas bandas sonoras das novelas da Rede Globo, “Sabor da paixão” (com a canção “No Rasto do Sol” como genérico e onde participou em dois episódios actuando ao vivo) e “Senhora do Destino”. No  “Rock in Rio”, em Lisboa, preparou com o músico brasileiro Marcelo Jeneci e as suas respectivas bandas, um espectáculo cheio de afinidades em que colaboraram e participaram nas canções um do outro.

Com 10 discos editados (1987 – 2011; projecto Lado a Lado, com João Pedro Pais, em 2007) e um DVD (“Coliseu, 5 de Outubro, 2004), para além de participações em diversos outros discos (mais recentemente no “Voz e Guitarra II”, 2013) e da colaboração nos seus discos e espectáculos de grandes músicos como Jorge Palma, Tiago Bettencourt ou mais recentemente Sara Tavares, Mafalda Veiga tem o dom de renovar as suas canções de sempre e, no final de 2011, lançou um álbum de abordagem mais electrónica, na sequência de um espectáculo trabalhado exclusivamente para auditórios e salas - ZOOM – com produção de Fred (Orelha Negra) e com a participação especial, também como produtor e músico, de João Barbosa (Lil John, Buraka Som Sistema) no único tema original deste trabalho, “Largar Mais”.

Mas é à intimidade das canções que a Mafalda regressa sempre e começou 2014 com dois concertos esgotados no grande auditório do CCB – “Todas as Palavras Tocam”, a 9 e 10 de Janeiro - um espectáculo acústico em que as palavras de cada canção ficam mais à superfície, mais visíveis, capazes de ser tocadas e de tocar, nesse caminho único, tão misteriosamente evocativo e extraordinário, que é a música.

 

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